Abordagem cirúrgica em lesão pigmentada da iris

Autores: 

Mario Ramalho, Fernando Trancoso Vaz, Catarina Pedrosa, Inês Coutinho, Mafalda Mota, Diana Silva, Ana Sofia Lopes, João Cabral, Isabel Prieto

Resumo: 
Introdução: Perante uma lesão pigmentada da iris, pode ser difícil o diagnóstico diferencial entre lesão benigna e lesão maligna. Por vezes é necessária uma atitude mais agressiva através de cirurgia, permitindo também o diagnóstico e tratamento definitivos. Ilustramos neste vídeo a remoção de uma lesão pigmentada da íris, através de iridectomia sectorial.
Material e Métodos: Homem de 61 anos de idade com lesão pigmentada no quadrante inferonasal da íris do olho esquerdo desde há vários anos, com vigilância através de fotografia do segmento anterior e biomicroscopia ultrassónica. Devido a crescimento da lesão e contacto endotelial, foi proposta a remoção cirúrgica através de iridectomia sectorial, seguida de iridoplastia, de forma a remover o tumor com margem de segurança evitando as complicações associadas a estes casos cirúrgicos (catarata iatrogénica e/ou dispersão pigmentar).
Resultados e Conclusões: Foi obtido um bom resultado estético e funcional. Apesar da grande maioria das lesões pigmentadas da íris serem benignas, têm de ser vigiadas com regularidade. Caso haja um crescimento da lesão ou alteração das suas características, deve ser ponderada a sua remoção cirúrgica utilizando procedimentos com a menor manipulação possível dos tecidos, dada a possibilidade de se tratar de uma lesão maligna.

 

Apresentado: 
no 58º Congresso Português de Oftalmologia, em Vilamoura, Dezembro de 2015