Autores:
André Gonçalves, Digo Cavalheiro, Filipe Silva, Mara Ferreira, Fernando T Vaz, João Cabral
Resumo:
Introdução: A evisceração consiste na remoção de todo o conteúdo do globo ocular, preservando apenas a esclerotica. Para manutenção do volume orbitário recorre-se ao uso de implantes podendo estes ser de diferentes materiais. As complicações pos-operatorias mais frequentemente observadas nesta cirurgia são extrusão do implante por deficiente cobertura do mesmo, e, a socket síndrome.
Material e Métodos: Os autores apresentam um vídeo de técnica cirúrgica.
Resultados: Nos doentes operados com realização de duas esclerotomias radiárias e perineurotomia, não só se conseguiu obter uma maior cobertura do implante como também se tornou possível a colocação de implantes de maiores dimensões sem extrusão e com bons resultados funcionais.
Conclusão: Com a realização de outras técnicas de evisceração, com frequência encontramos resultados pós-operatórios pouco satisfatórios, seja em termos cosméticos, com cavidades sem volume ou com extrusão de implantes. Com o recurso a duas eclerotomias, diminui-se o risco de extrusão devido à diminuição da pressão posterior e ao reforço anterior obtido com os dois folhetos esclerais. Da mesma forma se torna possível o uso de implantes de grande diâmetro restituindo um bom volume orbitário e permitindo manter uma boa mobilidade da prótese posteriormente colocada.
Apresentado:
no 53º Congresso Português de Oftalmologia, em Vilamoura, Dezembro de 2010