Oncologia,

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Nevo

 

Oncologia

Tumores da conjuntiva  

Tumores Benignos Nevo   

  Os nevos circunscritos, são os tumores melanocíticos mais frequentes da conjuntiva, e podem-se dividir de acordo com a idade de aparecimento em:

    - congénitos (presentes no nascimento ou dentro dos primeiros 6 meses de vida)

    - adquiridos (surgem na infância ou juventude)

   Nos nevos congénitos, quase hamartomas (tecido normal em localização adequada, mas em excesso), os ninhos de células névicas estão presentes no nascimento ou até aos primeiros 6 meses de vida, apesar de poderem não ser clinicamente observáveis até mais tarde, na infância ou na puberdade, quando adquirem pigmento. Há quem afirme que a maioria dos nevos conjuntivais são congénitos, e são as lesões melanocíticas mais frequentes da conjuntiva.

 

Clínica: Ocorrem em todas as raças, mas é mais frequente na caucasiana. Normalmente tornam-se clinicamente visíveis na na primeira ou segunda década de vida, como uma lesão séssil, ligeiramente elevada, com grau de pigmentação variável. Normalmente são localizado na conjuntiva bulbar inter-palpebral, e são mais frequentes na área justa limbar e na carúncula, e raramente se estendem para a córnea. Como não penetram mais além do que o tecido sub-conjuntival, movem-se livremente sobre a esclerótica. Como são raros no fundo-de-saco e conjuntiva tarsal, qualquer lesão pigmentada com esta localização deve ser considerada suspeita de Melanose Primária Adquirida (PAM) ou melanoma, e biopsada. Quanto à pigmentação são muito variáveis, desde castanho claro a muito escuro, e 30% não são pigmentados.

  

Lesões melanocíticas conjuntivais de aparecimento a partir da 4ª década de vida, são suspeitas de PAM ou melanoma. A presença de estruturas quísticas ajuda na diferenciação dos nevos das outras possíveis lesões conjuntivais, como a PAM e o melanoma, por vezes amelanóticos, que normalmente não têm quistos.

           

Seguimento: O acompanhamento consiste na observação do doente durante a infância e juventude, com registo fotográfico padronizado.  

Normalmente os nevos permanecem estáveis. Mas é também  frequente o crescimento dos nevos durante a puberdade e a gravidez. Este  crescimento pode ser resultado de outros factores que não a proliferação dos melanocitos, como seja a infiltração de células inflamatórias, o aumento do volume dos quistos sub-epiteliais, e o aumento da coloração devido à radiação solar.

Na vida adulta, por vezes, os nevos podem adquirir características atípicas (alterações da coloração, do tamanho e da definição dos bordos da lesão), dando lugar a melanoma, pois não podemos esquecer que 25% dos melanomas conjuntivais procedem da malignização de nevos.

 

Tratamento: A maioria dos nevos não requer tratamento a não ser por motivos estéticos, ou processo inflamatório de repetição, já que o melanoma é raro em jovens.

No entanto, estas lesões pigmentadas devem continuar a ser seguidas na vida adulta, e quando surjam alterações do tamanho, da coloração, da vascularização ou da definição dos bordos (suspeitas de malignização), devem ser excisadas, e enviadas para exame anátomo-patológico. De um modo geral, a biópsia incisional está contra-indicada em lesões que podem ser totalmente excisadas. Se os nevos não são totalmente excisados, podem recidivar, o que não quer que estejam a malignizar, e todos os nevos recidivados devem ser excisados de novo, e novamente analisados.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

  

Videos

 

ATENÇÃO: Os videos apresentados são feitos para oftalmologistas.

Podem conter imagens chocantes para o público em geral.

 

Lesões pigmentadas da conjuntiva – diagnóstico diferencial

João Cabral, Mara Ferreira, José A Laranjeira, Peter Pêgo, Gonçalo Almeida, Diogo Cavalheiro

Resumo:

Introdução: Quando nos deparamos com uma lesão pigmentada da conjuntiva, a principal atitude a tomar é fazer o diagnóstico diferencial entre lesão benigna e lesão maligna, pois a nossa actuação vai ser muito diferente.

Objectivos: Este trabalho pretende ilustrar em video diferentes lesões pigmentadas da conjuntiva e os meios empregues para o seu diagnóstico diferencial.

Material e métodos: Observação e seguimento de vários doentes com lesões pigmentadas da conjuntiva, desde os simples nevos, as melanoses primárias adquiridas e vários melanomas, bem como outras lesões pigmentadas que simulam tumores melanocíticos.

Resultados e conclusões: Apesar da grande maioria das lesões pigmentadas da conjuntiva serem benignas, temos de as vigiar com regularidade, pois podem transformar-se em malignas. Sempre que se tratam de lesões mais suspeitas a vigilância deve ser mais apertada, e quando parece não haver dúvida de se tratar de uma lesão maligna, deve proceder-se ao tratamento o mais cedo possível.

   Apresentado no 51º Congresso Português de Oftalmologia,

   no Porto, Dezembro de 2008.

 

Lesões pigmentadas da conjuntiva – tratamento e resultados

João Cabral, Mara Ferreira, José A Laranjeira, André Gonçalves, Samuel Alves, Filipe Silva

Resumo:

Introdução: Quando nos deparamos com uma lesão pigmentada da conjuntiva, a principal atitude a tomar é fazer o diagnóstico diferencial entre lesão benigna e lesão maligna, pois a nossa actuação vai ser muito diferente.

Objectivos: Este trabalho pretende descrever em video vários modos de tratamento de diferentes lesões pigmentadas da conjuntiva, e os seus resultados.

Material e métodos: Tratamento de vários doentes com lesões pigmentadas da conjuntiva, desde os simples nevos, as melanoses primárias adquiridas e vários melanomas, bem como outras lesões pigmentadas que simulam tumores melanocíticos.

Resultados e conclusões: Apesar da grande maioria das lesões pigmentadas da conjuntiva serem benignas, temos de as vigiar com regularidade, pois podem transformar-se em malignas. Sempre que se tratam de lesões mais suspeitas a vigilância deve ser mais apertada, e quando parece não haver dúvida de se tratar de uma lesão maligna, deve proceder-se ao tratamento o mais cedo possível.

   Apresentado no 51º Congresso Português de Oftalmologia,

   no Porto, Dezembro de 2008.

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