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Oncologia
Tumores da conjuntiva
A conjuntiva é uma fina membrana mucosa que cobre a maior parte exterior do globo ocular (conjuntiva bulbar) e a parte interior das pálpebras (conjuntiva palpebral) que se unem nos fundo-de-sacos (ou fórnix) superior e inferior. A conjuntiva limbar é a que se dispões à volta do limbo corneo-escleral. (ver Histologia)
O diagnóstico dos tumores da conjuntiva, deve ser feito pela observação clínica e pelo exame ao biomicroscópio, realizados por um oftalmologista familiarizado com este tipo de tumores. O registo fotográfico é importante para o estudo da evolução das lesões.
A excisão cirúrgica é o tratamento de escolha para a maioria dos tumores da conjuntiva. Pode ser usada também a crioterapia, a radioterapia e a quimioterapia local.
Tumores Benignos e outras lesões da conjuntiva não neoplásicas
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É uma lesão degenerativa localizada, normalmente de cor amarelo-acinzentada ligeiramente elevada, no limbo nasal dos dois olhos. Evolui lentamente ao longo dos anos e é influenciada pela radiação solar. Quando aumenta de volume, pode ser causa de inflamação frequente. Em casos avançados, pode ser confundido com o carcinoma pavimento celular. |
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O pterígion é também uma lesão degenerativa localizada da conjuntiva, e tem as mesmas características e a mesma evolução clínica que a pinguécula. No entanto é caracterizado por um crescimento progressivo sobre a córnea em direcção à área pupilar. Se são sintomáticos, têm tratamento cirúrgico, mas as recidivas são frequentes. |
Resulta normalmente da infecção da conjuntiva pelo vírus do papiloma humano. Podem ser solitários ou múltiplos, chegando a confluir. (ver mais) |
Os nevos circunscritos são os tumores melanocíticos mais frequentes da conjuntiva. Normalmente tornam-se clinicamente visíveis na na primeira ou segunda década de vida, como uma lesão séssil, ligeiramente elevada, com grau de pigmentação variável, normalmente na área interpalpebral, e permanecem estáveis. Podem ficar mais pigmentados com o tempo, mas o verdadeiro crescimento é raro. Pode ocorrer transformação maligna, mas é rara, e normalmente em idade avançada. (ver mais) |
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Os "granulomas piogénicos" são proliferações de tecido de granulação, constituído por abundantes pequenos vasos sanguíneos e células inflamatórias, que formam um nódulo vermelho-rosado, que pode surgir em locais de cirurgia prévia, inflamação ou traumatismo. Não são granulomas, nem são piogénicos. |
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Queratose seborreica (QS) |
Dermoide e dermolipoma
São coristomas e uns dos tumores epibulbares mais frequentes na criança. São constituído por elementos cutâneos, como a epiderme, folículos pilosos e glândulas sebáceas. (ver mais) |
Lesões epiteliais pré-malignas e malignas
As lesões do epitélio pavimentoso da conjuntiva pré-malignas e malignas formam um contínuum, desde as mais inofensivas até às mais agressivas. (ver mais)
Clinicamente, podem ser difíceis e mesmo impossíveis de diferenciar, e normalmente só se podem classificar correctamente mediante de exame anátomo-patológico, depois de biópsia excisional.
Assim, podemos dividi-las em dois grupos, consoante as características anátomo-patológicas, em:
- Lesões pré-malignas: as leucoplasias
- Lesões malignas: a Neoplasia Intra-epitelial da Conjuntiva (CIN) e o Carcinoma Pavimento-Celular (CPC)
Entre as leucoplasias encontramos a placa queratótica e a queratose seborreica. As duas podem surgir na conjuntiva peri-límbica ou na restante conjuntiva bulbar, normalmente na região inter-palpebral. Clinicamente são lesões planas, formadas por uma placa branca, de crescimento muito lento e não agressivo. (ver mais) |
Neoplasia Intra-epitelial da Conjuntiva (CIN)
A CIN representa uma lesão neoplásica que está confinada ao epitélio da conjuntiva, não ultrapassando a sua membrana basal. (ver mais) |
Carcinoma Pavimento-Celular (CPC)
O CPC é uma neoplasia epitelial maligna que já ultrapassou os limites do epitélio e invade as estruturas adjacentes. Aparece como um nódulo cor-de-rosa na superfície do globo ocular, frequentemente num local onde já havia uma lesão prévia, de evolução arrastada. Raramente metastisa, mas pode invadir em profundidade o globo ocular. (ver mais) |
Neoplasias melanocíticas malignas
Melanose Primária Adquirida (MPA ou PAM)
É uma lesão pigmentada (acastanhada), plana, da superfície ocular, normalmente observada nos adultos. Por ter risco de transformação maligna, alguns autores consideram-na já como lesão maligna. Daí a necessidade de um diagnóstico precoce e de uma vigilância apertada. (ver mais)
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Pode surgir de uma melanose primária adquirida (PAM) de um nevo pré-existente, ou de novo. Normalmente ocorre em pessoas com pele pouco pigmentada. Pode ter muitos aspectos clínicos, e metastisa com frequência para os gânglios linfáticos regionais. O tratamento é normalmente cirúrgico, e deve ser realizado o mais cedo possível, pela tendência em invadir outras estruturas adjacentes. (ver mais) |
Outras neoplasias malignas
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Linfoma (ver mais) |
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