Autores:
Samuel Alves, Gonçalo Almeida, Mara Ferreira, Manuela Bernardo, João Cabral
Resumo:
Introdução: A maioria dos tumores da glândula lacrimal (GL) é de origem inflamatória. A minoria restante divide-se em doenças linfoproliferativas e mais raramente em tumor epitelial da GL. O adenoma pleomórfico é o tumor epitelial primário mais frequente. Devido ao risco de malignização, deve ser diagnosticado e tratado precocemente. Na maioria dos casos apresenta-se na idade adulta por proptose e distopia progressiva com evolução lenta, indolor, sem sinais inflamatórios nem diplopia.
Material e método: Descrição de 1 caso clínico de um indivíduo de 30 anos com proptose indolor e hipotropia com 4 anos de evolução. Realizou-se exame oftalmológico completo, ecografia ocular, TC orbitária, ecografia Doppler da massa e RM. Removeu-se o tumor por orbitotomia anterior transpalpebral.
Resultado: Excisou-se a massa tumoral com cápsula integra. O diagnóstico histológico demonstrou ser adenoma pleomórfico. O doente é seguido em consulta, sem evidência de recidiva.
Conclusão: Apesar de raro, o diagnóstico e correcto tratamento deste tumor é essencial. Uma vez que a biopsia tumoral aumenta o risco de recidiva e de malignização, o diagnóstico definitivo realiza-se com a análise histológica da peça operatória. O bom prognóstico depende essencialmente da remoção total da massa encapsulada. A orbitotomia anterior é uma boa opção cirúrgica para o adenoma pleomórfico.
Apresentado:
no 51º Congresso Português de Oftalmologia, no Porto, Dezembro de 2008