Autores:
Sara Carrasquinho, Gonçalo Almeida, Ana Isabel Silva, Manuela Bernardo, João Cabral, Isabel Prieto
Resumo:
Introdução: Os quistos da íris são lesões benignas do segmento anterior pouco frequentes. Estas lesões podem ser classificadas em primárias e secundárias. Os quistos da íris primários podem ocorrer ao nível do epitélio pigmentar ou do estroma, promovendo diferentes quadros clínicos. Os quistos secundários surgem após cirurgia ou traumatismos penetrantes do segmento anterior, por invasão da íris ou da câmara anterior por tecido epitelial corneano ou conjuntival, e em doentes em terapêutica prolongada com pilocarpina ou latanoprost tópicos. Diminuição da acuidade visual, glaucoma secundário, sinéquias periféricas anteriores, uveítes e edema corneano constituem complicações dos quistos iridianos. No diagnóstico diferencial devem ser incluídas as lesões neoplásicas do segmento anterior. Uma avaliação oftalmológica cuidadosa e o estudo imagiológico com biomicroscopia ultrassónica confirmam o diagnóstico e auxiliam o diagnóstico diferencial. Os doentes assintomáticos devem ser submetidos a vigilância, estando o tratamento cirúrgico ou com laserterapia reservado para doentes que apresentem complicações.
Material e Métodos: Análise de dois casos clínicos.
Resultados: Os autores apresentam a avaliação oftalmológica, dados iconográficos – fotografia do segmento anterior e biomicroscopia ultrassónica – e a abordagem terapêutica dos doentes.
Conclusão: Os quistos da íris carecem de um diagnóstico correcto e atempado, dado que podem simular lesões malignas do segmento anterior.
Apresentado:
no 50º Congresso Português de Oftalmologia, no Porto, Dezembro de 2007, onde recebeu o prémio Théa - Melhor Póster
Publicado:
na Revista da Sociedade Portuguesa de Oftalmologia, Vol. XXXII, n.º 3, pág 149-157, Julho-Setembro de 2008
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