Radioterapia: Uso de radiação ionizante de alta energia para o tratamento de tumores e algumas doenças benignas, como são os processos inflamatórios que respondem mal à medicação.
Há vários tipos de radioterapia:
- com fonte radioactiva longe da zona a irradiar (externa): com isótopos radioactivos (césio ou cobalo), ou a partir de acelerador linear (feixe de protões)
- com fonte radioactiva perto da zona que se pretente iradiar (braquiterapia)
- com fonte radioactiva dentro da zona a irradiar (radioterapia intersticial ou Curieterapia)
Radioterapia com feixe de protões
Este modo de tratamento é usado quando não é conveniente usar a braquiterapia, o que ocorre com os pequenos melanomas junto do nervo óptico, alguns hemangiomas da coroideia, melanomas da íris e melanomas do corpo ciliar, e alguns grandes melanomas intra-oculares.
Este tratamento implica, para além de um acelerador linear (ciclotrão) para usoa médicos, uma cirurgia (sob anestesia geral), para suturar 4 ou 5 marcadores de tântalo à esclerótica, na zona correspondente às margens do tumor, uma preparação do tratamento, e cerca de quatro dias de sessões de tratamento.
Braquiterapia
Tipo e tratamento com radiação com colocação de fonte radioactiva perto, ou no próprio do tumor, aplicada por meio de implantes.
Por exemplo, tratamento por radiação libertada por pequena placa colocada na superfície da esclerótica.
Este tipo de tratamento está principalmente indicado para alguns casos de melanomas da coroideia, alguns melanomas da conjuntiva, retinoblastomas, hemangiomas da coroideia, e alguns tumores metastáticos de origem extra ocular. É o tratamento mais frequente para os melanomas da coroideia.
Exige a colaboração estreita entre o oncologista ocular e o radioterapeuta. Permite que uma alta dose de radiação seja libertada numa pequena área, em poucos dias.
A radiação é administrada por meio de uma placa, com uma superfície côncava radioactiva (que se encosta à superfície exterior do globo ocular), e uma superfície convexa protectora, que impede a irradiação dos tecidos adjacentes.
Este tratamento implica uma primeira cirurgia (sob anestesia geral), para determinação do local correspondente ao tumor, e colocação da placa radioactiva, bem como de uma segunda operação (sob anestesia geral ou local), para retirar a placa, um a seis dias após a primeira cirurgia, quando já tenha sido libertada a dose apropriada de radiação.
Podem ser usadas placas de Ruténio-106 (para tumores com espessura até 5 mm), ou placas de Iodo-125 (para tumores com espessura até 9 mm).
Esta radiação só tem efeito local, e enquanto está colocada a placa. Uma vez removida, deixa de haver material radioactivo.