Ptose palpebral

     A ptose palpebral (posição anormalmente baixa da pálpebra superior) é uma patologia oculoplástica frequente no adulto.

     São muitos os tipos e as formas de agrupar as ptoses, sendo frequentemente feito de acordo com a etiopatogenia. Podemos assim considerar as ptoses disgenéticas, ptoses aponevróticas, ptoses miogénicas, ptoses miasténicas, ptoses neurogénicas, ptoses mecânicas e ptoses traumáticas.

     Muitos autores classificam as ptoses em congénita e adquirida, de acordo com a idade da sua apresentação. Na maioria dos casos, a ptose congénita é de causa miogénica, e a ptose adquirida é do tipo aponevrótico

     A avaliação do doente que padece de ptose palpebral, deve ser detalhada e precisa, para se chegar a um diagnóstico correcto e assim poder propor o tratamento médico ou cirúrgico mais adequado a cada caso.

     Após o estudo cuidado do paciente, se se verificar que a ptose tem alguma função do músculo levantador da pálpebra (>4mm), o tratamento cirúrgico através do encurtamento do levantador da pálpebra superior está indicado. Ao realizar a correcção cirúrgica da ptose, devemos não só aumentar a fenda palpebral, mas também procurar o melhor resultado estético possível.

 

● Tratamento da blefaroptose superior no adulto
          Mara Ferreira, J Cabral, B Feijóo, A S Silva, F Esperancinha
Trabalho publicado na Revista da Sociedade Portuguesa de Oftalmologia,
Vol. XXX, n.º 6, pág 261-264, Novembro-Dezembro de 2006

 

    

Casos clínicos

20
Ptose palpebral bilateral de uma mulher de 74 anos, antes e 3 meses depois de correcção do lado direito. De notar o agravamento da ptose à esquerda.
30
Ptose bilateral assimétrica de uma mulher de 78 anos, antes e 2 semanas depois de correcção do lado direito. De notar o agravamento da ptose à esquerda.
80
Ptose palpebral bilateral, mais acentuada à direita, num homem de 31 anos, antes e pós 1 mês da correcção à direita. De notar o agravamento da ptose à esquerda.