O Melanoma da conjuntiva representa cerca de 2% dos tumores malignos oculares e 5% dos melanomas oculares.
É o segundo tumor maligno da conjuntiva, a seguir ao carcinoma pavimento celular. Ocorre em adultos a partir da 6ª década de vida, mais frequentes na raça branca, e muito raros na raça negra.
Alguns melanomas podem desenvolver-se em conjuntivas com nevos e PAM associados, e o que surge sobre PAM tem o dobro de probabilidade de recidivar.
Clínica: Clinicamente são unilaterais, podem surgir em qualquer local da conjuntiva, mas mais frequentemente junto ao limbo, como um nódulo pigmentado, ricamente vascularizado, podendo ser multifocais (se provenientes de PAM).
Tratamento: O tratamento deve ser a ressecção total tão cedo quanto se faça o diagnóstico, mesmo que pequena a lesão, se possível com crioterapia adjuvante no leito da lesão e nos bordos do tecidos peri-lesionais.
Prognóstico: Como factor prognóstico, como na pele, a espessura da lesão é importante, ainda que discutível. Os factores de pior prognóstico são atingimento da conjuntiva do fórnix ou tarsal, invasão da esclerótica e da órbita, e ausência de inflamação.
A sua disseminação faz-se pelos linfáticos, afectando primeiro os gânglios pré-auriculares, e posteriormente os sub-maxialres e cervicais. A mortalidade global é de 25% dos casos.
Seguimento: Devem ser observados com frequência, pesquisando toda a superfície da conjuntiva, bem como das pálpebras. Como todos os melanomas, uma vez controlado localmente, é necessário um acompanhamento semestral, com avaliação sistémica.