Linfangioma orbitário

     O linfangioma é considerado um coristoma da órbita, porque na órbita normalmente não há canais linfáticos, nódulos linfáticos ou folículos linfáticos, que são a origem destes tumores. Podem ser circunscritos à órbita, ou estender-se pela conjuntiva, pálpebras, ou tecidos peri-orbitários.

     Normalmente começa a dar sintomas na primeira década de vida, e frequentemente estão presentes no nascimento. Por vezes é detectado mais tarde, após traumatismo ou hemorragia.

     Por envolver as várias estruturas orbitárias (músculos, nervo óptico), pode dar limitação dos movimentos oculares, com proptose, ptose, ou como uma massa flutuante palpável, elástica, pois os canais linfáticos estão cheios de linfa. Espontaneamente ou após traumatismo ou episódio viral, estes canais podem-se encher de sangue, provocando uma proptose aguda, que pode comprometer a visão pela possível compressão do globo ocular ou do nervo óptico.

     Ao contrário dos hemangiomas capilares da criança, estes tumores não têm tendência para involuir espontaneamente.

     O tratamento é cirúrgico, e está indicado quando houver repercussão clínica. Por envolver várias estruturas nobres da órbita, a sua remoção total muitas vezes não é possível. Se há compressão súbita do globo ocular, pode requerer descompressão urgente, para evitar perdas de visão.

 

Casos clínicos