A conjuntiva é composta por um epitélio colunar estratificado, formado por 2 a 5 camadas de células, apoiadas sobre uma membrana basal. À medida que se aproximam da superfície, as células torman-se mais achatadas, particularmente no limbo, margem palpebral e carúncula, onde formam um epitélio estratificado pavimentoso não queratinizante, o que justifica o aparecimento de determinada patologia nestas áreas.
Entre as camadas superficial e média das células epiteliais (especialmente dos fórnices e na prega semi-lunar, mas ausentes no limbo), encontramos as células caliciformes produtoras de muco, que é incorporado no filme lacrimal.
Na camada basal, encontramos os melanocitos, produtores de melanina, que à semelhança dos melanocitos da pele, transferem grânulos de melanina (melanosomas) para as células epiteliais adjacentes.
Por baixo da membrana basal, está o estroma, que é um tecido conjuntivo fibro-vascular laxo, onde podemos encontrar uma grande variedade de células e tecidos (muscular, nervoso, vascular, melanocítico), bem como glândulas lacrimais acesórias. Folículos linfáticos com centros germinativos também se encontram no estroma, principalmente nos fórnices.
A conjuntiva é um dos sítios mais frequente de aparecimento de tumores dos olhos e anexos.
As células epiteliais superficiais podem dar origem à leucoplasia, Neoplasia Intra-epitelial da Conjuntiva, e ao Carcinoma Pavimento Celular da conjuntiva (CPC).
As céluas caliciformes e as células epiteliais pode originar Carcinoma Muco Epidermoide, uma variante menos frequente e mais agressiva que o simples CPC, com mistura variável destes dois tipos celulares.
As células basais do epitélio podem originar carcinoma baso-celular da conjuntiva (muito raro).
As células melanocíticas podem originar nevo, melanose, e melanoma.
A grande variedade de tecidos encontrados no estroma, por si, podem também originar uma grande variedade de tumores benignos e malignos.